O lançamento do Veo 3, nova inteligência artificial do Google para criação de vídeos, acendeu um sinal de alerta entre especialistas em tecnologia. Desenvolvido pela DeepMind, o sistema é capaz de gerar vídeos altamente realistas a partir de comandos de texto, com qualidade visual e sonora que se aproxima de produções cinematográficas, o que tem levantado preocupações quanto ao uso indevido da ferramenta.
Embora represente um marco tecnológico, o Veo 3 pode ser explorado para a criação de deepfakes, desinformação e golpes digitais. Com aparência autêntica, esses vídeos falsos podem ser utilizados para fraudes, manipulação política ou até ataques à reputação de pessoas e empresas.
Em resposta, o Google tem adotado medidas de controle, como a inserção de marcas d’água invisíveis nos vídeos criados pela IA, permitindo sua identificação por softwares específicos. A empresa também atua em parceria com especialistas em ética e órgãos reguladores para definir diretrizes de uso responsável, buscando garantir transparência e segurança.
O Veo 3 gera vídeos em 4K de até oito segundos, podendo incluir som, vozes e controle detalhado de cenas com base em descrições textuais. A ferramenta permite a criação de animações, storyboards e simulações complexas, sendo inicialmente disponibilizada para usuários premium nos Estados Unidos por meio das plataformas Flow e Gemini.
Igor Sorente é jornalista e empreendedor nos segmentos de marketing, audiovisual e produção de conteúdo.
