Qual será o novo normal da comunicação? Essa é uma questão que dificilmente poderá ser respondida com precisão, principalmente se levarmos em conta a volatilidade do mercado e da sociedade nesse momento. No entanto, o “Novo Normal” fez com que transformações de futuro chegassem mais rápido do que se imaginava e impôs para as empresas desafios bem ao estilo “adapte-se ou desapareça”. Mas boas estratégias de marketing digital estão disponíveis para trilhar os caminhos entre crise econômica, confinamento e redução de orçamento. E é possível planejar uma saída.
A quarentena evidenciou o que profissionais da área têm apontado há mais de 15 anos no Brasil: ser digital não é mais uma opção. É uma necessidade. No entanto, com a crise, o que levaria anos para ser implementado e consolidado nas empresas, veio de uma maneira impositiva, sem grandes reflexões sobre qual o melhor formato digital para a sua realidade.
Afinal, mais de 60% da população brasileira têm acesso à internet e a maior parte estava em casa, com hábitos de consumo também mudando devido ao cenário. Para se ter ideia, segundo dados da Kantar, houve um aumento de 39% do delivery, o que indica que as pessoas não pararam de consumir (principalmente no caso de alimentos e produtos de higiene), apenas mudaram a forma como faziam isso. Então, se por um lado, a crise evidenciou a necessidade de transformação digital das marcas, por outro, fez com que aquelas que ainda não estavam vivenciando processos digitais tivessem que se adaptar do dia para a noite por uma questão de sobrevivência.
Ter um e-commerce ou até um marketplace em redes sociais, bem como ferramentas de venda direta, são ideais para manter seu negócio funcionando neste momento. No entanto, esses não são os únicos formatos que funcionam. Uma boa estratégia de conteúdo, trazendo informações relevantes para seus consumidores não apenas sobre seus produtos e serviços, mas também sobre questões sobre a sociedade, ações de caridade e engajamento com a sua comunidade são estratégias que mantêm o reconhecimento da marca e são eficientes.
O primeiro ponto é entender que presença digital não é estar em todas as mídias. É entender quais são as mais relevantes para a sua marca e a sua audiência. Assim, o ideal é que a empresa faça um mapeamento das possibilidades e veja quais mídias são as mais estratégicas. Por exemplo, se você é da área de roupas e alimentos, duas mídias interessantes são o Instagram e o Pinterest. Embora a primeira seja mais popular no Brasil, a segunda é uma valiosa fonte de tráfego orgânico, o que pode lhe ajudar a impulsionar seus negócios em um e-commerce ou site.
Outra dica é saber o seu limite, pois geralmente, acabamos nos empolgando com novas mídias e criamos contas, sem pensar se teremos conteúdo e equipe para dar conta de tantos perfis. Por isso, é melhor ter poucos perfis, mas com conteúdo relevante, postado com constância e frequência, do que ter diferentes perfis e deixá-los por muito tempo sem conteúdo.